Foi uma vitória justa, só deu F.C.Porto, mas faltou brilho e eficácia, no regresso do bi-campeão às vitórias. Quem viu o jogo e o início prometedor do F.C.Porto - aos 3 minutos, Jackson e James, já tinham desperdiçado duas boas oportunidades -, acreditou que ia ser uma noite tranquila e a vitória seria construída sem grandes dificuldades. Não fim assim. E não foi assim porque a equipa de Vítor Pereira durante a primeira-parte, apesar do dominar claramente e acrescentar, às já ciatadas, mais algumas chances, nunca carregou, nunca pressionou, nunca mostrou grande inspiração, nunca escolheu as melhores soluções para ultrapassar uma barreira de um Moreirense que só defendia. Pouca profundidade, pouca criatividade, muita lentidão a pensar e executar, jogadores muito estáticos, uma pasmaceira, 45 minutos de serviços mínimos. Embora e como já disse, a equipa azul e branca tivesse algumas oportunidades e até pudesse ter ido para o intervalo em vantagem, o nulo era castigo merecido pelo que o F.C.Porto não tinha feito.
Sabendo que ou mudava a atitude, carregava no acelerador e subia a qualidade, ou juntava a duas derrotas consecutivas, um resultado comprometedor e de difícil digestão, o conjunto de Vítor Pereira, que entrou com Kelvin - bons pormenores, mas alguma ansiedade natural -, no lugar de um pouco inspirado Lucho - mais tarde entraria Kléber que não acrescentou muito, para o lugar de mais outro dos desinspirados da noite, Silvestre Varela -, aumentou o ritmo, pressionou melhor, a qualidade subiu e mesmo continuando perdulário, chegou ao golo e à vitória, por Jackson, faltavam 20 minutos para o fim. Aberta a contagem, feito o mais difícil, a equipa bi-campeã ainda teve mais uma ou outra oportunidade de aumentar a contagem, não o conseguiu e nos últimos minutos, mesmo sem nunca ver a sua baliza em perigo, houve alguma ansiedade na plateia do Dragão.
Resumindo, concluindo e repetindo, vitória da melhor equipa, da única que quis ganhar, por números escassos, numa noite de pouca inspiração e apenas 45 minutos de transpiração.
Cansaço físico e mental? Vou mais por uma má abordagem, em particular nos 45 minutos iniciais e pela fraca prestação de muitos dos que normalmente fazem a diferença. Em particular Moutinho, embora melhorasse muito na segunda-parte, nunca esteve ao seu nível e James, complicativo, lento, raramente escolhendo as melhores opções. Gostei muito, tem sido uma constante, de Otamendi; também de Mangala; mais de Alex Sandro que de Danilo; Helton não teve que fazer e Atsu entrou já no final do jogo e não deu para mostrar nada. Temos quase uma semana par o próximo jogo, em Setúbal, aí já não há cansaço e portanto, espero um Porto melhor, no último jogo para o campeonato - ainda haverá um para a Taça da Liga, frente ao Nacional, na Madeira - antes da pausa natalícia.
Notas finais:
Excelente vitória do F.C.Porto sobre o Benfica, 28-27, num grande jogo de Andebol.
Relvado do Dragão: aprovado!
Os últimos são os primeiros: Deco, o mágico nº10 que joga com os dois pés, esteve esta noite no Dragão e foi recebido como merece, com um estádio em pé a aplaudi-lo e cantar o nome dele.
Abraço
De
paulo a 9 de Dezembro de 2012 às 11:30
Bom dia,
Os 5 minutos iniciais foram o prenuncio do que estava para vir.
Um FC Porto instalado no meio campo adversário, e o Moreirense a tentar numa transição rápida ou num erro defensivo nosso "molhar a pena".
Ricardo, guardião dos visitantes começava a exibir-se a bom nível.
Teria de ser portanto um FC Porto de labor e com cabeça para alcançar a vitória.
E assim foi. Tivemos capacidade de aguentar a pressão da busca vitória, e foi com justiça que vencemos.
Foi um duro teste à nossa capacidade de aguentar a pressão.
O Moreirense foi feliz, teve um guarda-redes inspirado, e só assim não levou uma pesada goleada para Moreira de Cónegos.
Na segunda feira iremos assistir ao dérbi lisboeta, na expectativa de um Sporting que dê um pontapé na crise e obtenha uma vitória sobre os encarnados.
Abraço e bom domingo
Paulo
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