A Assembleia Geral do Liga Portuguesa de Futebol Profissional que decorreu ontem na cidade do Porto foi um dos espectáculos mais deprimentes dos últimos anos no futebol português. Mudar as regras a meio do jogo, decidindo um alargamento sem a mínima sustentabilidade, anulando as normais despromoção, que são um garante da integridade e estabilidade de uma competição desportiva, foram a cereja no topo de um bolo de imbecilidade.
Esta triste história vem na sequência da trajectória errática do presidente Mário Figueiredo, que de manhã diz uma coisa e à tarde faz outra. Todos nos lembramos de ter publicamente afirmado que não concebia um campeonato sem despromoções, mas ontem já o desdisse sem qualquer pudor.
O presidente da Liga não defende o futebol português, defende-se sim a si próprio e ao lugar a que chegou à custa de promessas que prejudicam as competições e todos os clubes, mesmo aqueles que circunstancialmente pensam poder beneficiar no imediato da inconstância do presidente.
O FC Porto defende para esta recta final do campeonato a normalidade competitiva e espera que urgentemente a Federação Portuguesa de Futebol impeça que um pequeno e pouco representativo grupo de aventureiros destrua uma das actividades de que o nosso país mais se pode orgulhar e em que o FC Porto tem desempenhado um papel ímpar.
Perante os atropelos às normas estatutárias e regulamentares ocorridas durante a Assembleia Geral de segunda-feira o FC Porto não pode deixar de exigir a reposição da regularidade através do competente recurso para o Conselho de Justiça da FPF.
Ainda bem que o FC Porto não deixou passar esta vergonha. Impensável que no meio do Campeonato se mudem as regras e ainda por cima para ninguém descer de divisão. Totalmente absurdo. E assim se ganha uma eleição...
Futebol Português no seu melhor.
Já agora...
Assim ficou a perna do jogador do Paços de Ferreira depois da "passagem" do Bruno César.
O arbitro nem falta marcou. Vergonha!